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Qual a diferença entre os vários ácidos no tratamento do acne?

Ácido glicólico,  ácido salicílico, ácido azelaico, ácido retinoico, ácido mandélico, ácido kójico ... Mas afinal qual a diferença ent...


Ácido glicólico, ácido salicílico, ácido azelaico, ácido retinoico, ácido mandélico, ácido kójico ... Mas afinal qual a diferença entre os vários ácidos no tratamento do acne?


Se estás a ler este post é porque, tal como eu, estás a lutar contra o maldito acne e provavelmente já ouviste falar em mais ácidos agora do que durante toda a disciplina de física e química... Portanto no post de hoje vou tentar resumir a diferença entre os vários ácidos no tratamento do acne!

MAS PRIMEIRO VAMOS ESCLARECER QUANDO DEVEM SER APLICADOS:
Os ácidos são substâncias que quando usadas nas percentagens adequadas fazem maravilhas pela nossa pele, no entanto o seu uso excessivo pode provocar o efeito inverso. Por isso é aconselhado que eles sejam aplicados na pele seca, após a limpeza com o gel e antes do creme hidratante (SABE MAIS SOBRE OS PASSOS DE UMA ROTINA DE SKINCARE AQUI). Isto porque se aplicados em pele molhada, podem penetrar mais profundamente na pele e causar alguma irritação. Já agora, se tens a pele sensível, neste caso deves aplicar os ácidos depois do creme hidratante e não antes. Para além disso, é também importante que os deixes secar na pele antes de aplicares os restantes produtos de skincare (assim como qualquer passo numa rotina de skincare). Para além disso, e de um modo geral, os ácidos podem ser aplicados de manhã (e sempre com proteção solar) e à noite e até usados 2 em simultâneo (exceto o ácido ascórbico, também conhecido como vitamina C, que é bastante esquisito e não gosta de ser misturado com quase nada). 

TIPOS DE ÁCIDOS E OS SEUS BENEFÍCIOS NUMA PELE COM ACNE:

Ácido glicólico. 
Faz parte da família dos alfa-hidroxiácidos (também conhecido por AHAs) e a sua maior função é promover a renovação celular através da diminuição da adesão entre as células superficiais da pele, ao mesmo tempo que também a hidrata (e por isso funciona melhor em peles secas). Entre todos os AHAs, o ácido glicólico é o que tem menor peso molecular, o que faz com que este penetre mais profundamente na pele (dependendo da concentração usada é claro pois em concentrações elevadas pode causar irritação), proporcionando resultados mais rápidos e eficazes do que outros AHAs. Para além disso também, melhora a textura da pele, clareia manchas e claro, reduz as lesões de acne, o que faz dele um composto de eleição no seu tratamento. 

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Ácido mandélico. 
Já o ácido mandélico é ideal para as peles secas mas sensíveis (e/ou intolerantes ao ácido glicólico). Este possui ação hidratante, antibacteriana e fungicida, sendo indicado para pele com tendência à acne e com pequenas manchas escuras. Apesar da sua acção clareadora, o ácido mandélico pode ser usado em peles escuras.                    
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Ácido salicílico. 
É um beta-hidroxiácido (BHAs) com propriedades esfoliantes, seborreguladoras e anti-inflamatórias. Por outras palavras, retira a camada superficial da pele, diminui as manchas e cicatrizes e a produção de sebo, acabando por fechar os poros e reduzir os cravos e espinhas. Por outro lado, o ácido salicílico pode ressecar a pele e por isso o seu uso deve ser evitado em peles secas (ao contrário do ácido glicólico, o ácido salicílico) funciona melhor em peles mais oleosas. Para além disso, não é fotosensível e deve ser utilizado numa concentração ideal de 2%.
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Ácido azelaico. 
Para além de ser anti-bacteriano e anti-inflamatório, o ácido azelaico é muito utilizado no tratamento de manchas causadas pelo acne, devido às suas propriedades despigmentantes. Por ser um ácido fraco, é indicado para qualquer tipo de pele, podendo ser usado em concentrações mais elevadas (15 a 20%). No entanto a sua aplicação pode causar algum ardor e coceira, mas por experiência própria, acaba por passar com o uso. Caso reajas ao ácido azelaico, podes optar por o usar na pele seca, depois do creme hidratante.
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Ácido retinoico. 
Também conhecido por tretinoína ou retinol, o ácido retinoico é um derivado da vitamina A e indicado para o tratamento de acne grau 1, isto porque o seu uso é contraindicado em infecções ativas na pele. Apesar da sua fraca ação seborreguladora, os seus efeitos costumam  ser duradouros, mesmo após o tratamento. No entanto ele costuma deixar a pele sensível, irritada, com escamação, vermelhidão, coceira e/ou ardência, e por isso o uso de pausas ser aconselhado e numa concentração ideal de 0.5% e após o creme hidrante se a irritação continuar.
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Ácido kojico. 
Por inibir a produção de melanina, o ácido kójico é bastante conhecido pelas suas propriedades aclareadoras de manchas escuras sem causar sensibilidade (para além disso não é fotossensível). No entanto a sua aplicação deve ser somente em cima da região a ser tratada. Para além disso este ácido melhora a aparência de cicatrizes, removendo também cravos e espinhas devido à sua ação antibacteriana.

CUIDADOS A TER:
A maior parte destes ácidos são fotossensíveis, o que significa que devem ser colocados à noite. Para além disso,  tornam a pele mais suscetível aos danos causados pela radiação ultravioleta, e por isso o uso de protetor solar é aconselhado (sabe mais sobre a importância do protetor solar numa pele com acne aqui). 

As concentrações ideais variam de ácido para ácido e por isso a auto-medicação é desaconselhada. O ideal usa-los sempre com a aprovação de um profissional, pois muitos destes ácidos podem reagir entre eles ou com outros componentes. Grávidas devem ter também muita atenção ao seu uso.

Sabe mais sobre a diferença entre os vários ácidos no tratamento do acne aqui.

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